Segurança que não cria raízes: a rotatividade de pessoas como obstáculo nas operações florestais 2i5y3y

*Artigo de Geraldo Dias 444y4s

A escassez de mão de obra operacional já é um desafio conhecido do setor florestal. Para manter as operações em pé, muitas empresas têm recorrido a trabalhadores de outras regiões, especialmente em grandes polos como o Mato Grosso do Sul. Mas essa solução emergencial carrega consigo uma série de consequências, e uma delas merece atenção urgente: a fragilidade da cultura de segurança.

Grande parte desses trabalhadores chega com o perfil de atuação por safra. am três ou quatro meses e retornam para suas cidades de origem. A consequência é uma rotatividade altíssima, que impede a consolidação de práticas fundamentais. E isso impacta diretamente na segurança das operações.

A verdadeira cultura de segurança não nasce em treinamentos formais, mas sim no dia a dia, com tempo, convivência, repetição e senso de pertencimento. É construída quando o colaborador se sente parte, entende o propósito da operação e desenvolve maturidade para identificar riscos, proteger a si e cuidar dos colegas.

Mas hoje não temos tempo para isso. Estamos lidando com equipes temporárias que mal chegam a fixar raízes. E nesse cenário, o que era cultura se torna protocolo. O colaborador vai embora antes mesmo de absorver o que realmente importa.

 E o mais preocupante: se esse tempo não basta para criar cultura, é tempo mais do que suficiente para que um acidente aconteça.

O cenário exige urgência e estratégia. A alta rotatividade pressiona os times de segurança e de operação a adotarem estratégias de proteção que não dependam exclusivamente da maturidade comportamental dos profissionais. A gestão integrada de dados, o uso de tecnologias que mitiguem riscos críticos e a manutenção de multiplicadores de cultura am a ser essenciais, ainda mais quando o tempo de convivência é escasso.

Estamos diante de um novo cenário. E ele exige novas soluções.


*Geraldo Dias é técnico em Agropecuária (UFV – Campus Florestal), e (Unopar). Possui mais de 12 anos de experiência na área florestal, atuando como supervisor de colheita, transporte e silvicultura em empresas multinacionais certificadas. Trabalhou em desenvolvimento de soluções tecnológicas, mecanização, gestão de recursos humanos, e treinamento de equipes, com foco em melhorias operacionais, sustentabilidade e segurança.

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